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Narlan Matos toma posse como membro correspondente da Academia de Letras de Jequié

O presidente da Academia de Letras de Jequié, professor Adilson Gomes, dá posse ao novo membro Narlan Matos ...
O presidente da Academia de Letras de Jequié, professor Adilson Gomes, dá posse ao novo membro Narlan Matos ...
... e o professor Álvaro Ricardo Veiga registra em ata.
... e o professor Álvaro Ricardo Veiga registra em ata.
Intelectuais, artistas, professores, jornalistas, muitos familiares e amigos de Narlan Matos participaram, na noite desta sexta feira (10), da solenidade de sua posse como novo membro correspondente da Academia de Letras de Jequié, na sede da entidade, no prédio do Museu João Carlos Borges.

Narlan Matos Teixeira é um jovem poeta itaquarense, autor do premiado livro de poemas “Senhoras e Senhores, o Amanhecer”, hoje residente nos Estados Unidos, onde conclui doutoramento na Universidade de Illinois. Seu objeto de estudo recebeu o aval, há um bom tempo, de Waly Salomão e versa sobre o denominado “grupo de Jequié”, remanescente do Movimento Tropicalista dos anos sessenta/setenta. Waly, ao se inteirar do foco de interesse de Narlan levou-o até Rogério Duarte - expressivo ícone do citado Movimento – que, desde aí, vem colaborando de modo ativo nas pesquisas do jovem cientista.

Seu estudo acadêmico, entitulado Tropicaos, resgata a participação de compositores, músicos e artistas plásticos jequieenses, injustiçados pela mídia da época, mas que tiveram atuação significativa no também chamado Tropicalismo, o qual acabou se notabilizando pela música, até em detrimento de outras manifestações culturais.

Narlan, na dupla condição de professor e pesquisador, tem participado de eventos internacionais, notadamente nas Universidades de Iowa e Illinois, depois de ter participado de intensas discussões sobre o tema em países como a Eslovênia, Alemanha e França. Assim, personagens como Bené Sena, César Zama, Deolindo Checucci, Dermival Rios, Dicinho, Edinizio Ribeiro Primo, Helio Oiticica, Lula Martins, Maurício Bastos (”Mauricéia Desvairada”) e Ivan Mariotti estão sendo alvos de sua investigação, cujos resultados deverão ser publicados.

Ao final da cerimônia, a Acadêmica Márcia Auad, nos bastidores do evento, instigou a alguns colegas da Uesb, presentes à solenidade, a se disporem à elaboração de Projetos de extensão universitária com o objetivo de ampliar a compilação de mais dados acerca do “Grupo de Jequié” no sentido de promover estudos mais aprofundados desta relevante participação dos jequieenses, no citado Movimento, que teve repercussão no Brasil. Deste grupo, ainda às épocas citadas, deve-se registrar que trabalhos de Dicinho, Lula Martins e Rogério Duarte ganharam visibilidades em eventos artísticos pontuais.

Em especial, neste momento, graças ao trabalho de Narlan, este tema vem ganhando densidade no exterior - com reflexos nos meios culturais brasileiros neutralizando, embora tardiamente, o anonimato “imposto” aos talentosos membros do citado grupo e, agora levando o nome do Município a se destacar positivamente no Brasil e no exterior.

Finalmente, Narlan Matos, que não escondia sua satisfação pelo reconhecimento da relevância de seu estudo pela Academia de Letras de Jequié , referiu-se ao movimento cultural jequieense, daquele período, como se fora uma reedição da Inconfidência Mineira, associando a conjuração mineira à rebeldia e inquietação de intelectuais da cultura baiana.

Fonte: Revista Bahia em Foco

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