Eleições 2010 - Conheça o perfil dos candidatos ao Governo da Bahia.
Nome: Paulo SoutoIdade: 66
Número: 25
Partido: DEM - Democratas
Paulo Souto, 66 anos, tenta voltar ao governo da Bahia nesta eleição apoiado pelo presidenciável José Serra (PSDB) e sendo o representante do carlismo — modelo político representado pelo falecido senador Antonio Carlos Magalhães no Estado.
Ele conta com o apoio do senador ACM Junior e o deputado federal ACM Neto (DEM), respectivamente filho e neto do senador que comandou o Estado durante anos.
Souto já ocupou diversos cargos na administração do Estado no primeiro governo de ACM. Em 1991 foi eleito vice-governador no novo mandato do ex-senador.
Em 1995 é eleito pela primeira vez governador, mas se licencia para concorrer ao Senado, cargo para qual é eleito.
Em 2002, disputa novamente o governo da Bahia, vencendo a disputa já no primeiro turno e derrotando o seu atual adversário Jaques Wagner (PT).
Souto nasceu em Caetité (BA). Já morou em diversas cidades baianas, como Caravelas, Canavieiras e Ilhéus. Nesta última, com apenas 15 anos, vira comentarista esportivo e locutor da Rádio Cultura de Ilhéus.
Após concluir o segundo grau, muda-se para Salvador. Lá, continua no rádio, trabalhando na Rádio Sociedade da Bahia. É formado em geologia e é doutor pela USP (Universidade de São Paulo).
Em 2007 é eleito presidente do Democratas da Bahia.
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Nome: Carlos Nascimento
Idade: 33
Número: 16
Partido: PSTU - Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado
Carlos Nascimento é um dos três candidatos nanicos que concorrerão ao governo da Bahia. Ele é da rede municipal de Camaçari, além de pedagogo.
O partido, que lançou Zé Maria para candidato à Presidência, tem como uma das principais propostas a melhoria de esquerda. O PSTU tem como base as ideias trotskistas e diz que, sem romper com o imperialismo, “não existe nenhuma possibilidade de acabar com o desemprego, com o arrocho salarial, avançar na reforma agrária, combater a fome e garantir melhores condições de vida”.
O candidato a vice-governador do PSTU é o também professor Danilo Romero.
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Nome: Geddel Vieira Lima
Idade: 51
Número: 15
Partido: PMDB - Partido do Movimento Democrático Brasileiro
Deputado federal e ex-ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, 41 anos, tenta se consolidar como o candidato do presidente Lula na Bahia. Seu partido, o PMDB, foi o responsável por indicar o vice Michel Temer na chapa de Dilma Rousseff (PT).
Ele tem como um de seus principais concorrentes, no entanto, o atual governador Jaques Wagner (PT), que é do mesmo partido de Lula.
Administrador de empresas e pecuarista, Vieira Lima está em seu quinto mandato na Câmara dos Deputados. No Congresso, é um dos nomes mais influentes do PMDB. Foi líder de seu partido por cinco vezes. Entre março de 2007 e março de 2010, no entanto, se licencia para assumir o Ministério da Integração.
Vieira Lima, baiano de Salvador, começa a carreira política quando ainda era estudante do curso de administração na Universidade de Brasília, quando se torna assessor parlamentar na Câmara. Em 1990, o político filia-se ao PMDB, seu único partido até hoje.
Durante sua gestão como diretor do banco de Estado da Bahia, de 1983 a 1984, tem que responder a denúncias de desvio de recursos públicos. É inocentado de todas elas por um relatório do Banco Central.
O jornal “O Globo” também apontou irregularidades durante sua gestão à frente do Ministério. Segundo a reportagem, uma auditoria realizada pelo TCU (Tribunal de Contas da União) afirmou que o Estado da Bahia foi favorecido em relação à liberação de verbas destinadas às ações de prevenção a catástrofes.
Na época, o candidato alegou que o maior montante de recursos destinados à Bahia ocorreu porque se trata do estado com maiores necessidades e um dos mais populosos do país.
Geddel também já foi oi assessor da Casa Civil da Prefeitura de Salvador, entre 1988 e 1989; diretor da Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa), em 1989; e presidente na Bahia da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater).
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Nome: Luiz BassumaIdade: 53
Número: 43
Partido: PV - Partido Verde
Azarão na disputa ao governo da Bahia, Luiz Bassuma, 54 anos, é deputado federal, ex- PT e atual concorrente pelo PV, mesmo partido da candidata à Presidência Marina Silva.
Está em seu segundo mandato na Câmara. Já foi vereador em Salvador, deputado estadual e é formado em Engenharia.
Bassuma, que é espírita, foi expulso do PT no ano passado por ser radicalmente contra a descriminalização do aborto, em um processo deflagrado pelas lideranças femininas. A decisão aconteceu porque o partido entendeu, em seu 3° Congresso Nacional, realizado em 2007, que defende a descriminalização do aborto.
Suas divergências com o partido, no entanto, começam antes, em 2005, durante a crise do mensalão, quando faz críticas públicas a dirigentes petistas.
Nascido em Curitiba, o deputado é formado em engenharia pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Vai para a Bahia em 1979, depois de ingressar em um concurso público na Petrobras. Em 1988 ingressa na causa política, defendendo o direito de greve dos trabalhadores da empresa. No ano seguinte conclui uma pós-graduação em gestão ambiental.
Com uma campanha voltada principalmente para a valorização do meio-ambiente e o desenvolvimento sustentável, a candidatura de Bassuma foi consolidada também para dar um palanque à Marina Silva, terceira colocada nas pesquisas presidenciais.
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Nome: Marcos Mendes
Idade: 45
Número: 50
Partido: Psol - Partido Socialismo e Liberdade
Como candidato ao governo pelo PSOL, Marcos Mendes diz entrar na disputa para “colocar-se como alternativa de poder à elite dominante e ao governo continuista do PT, mantenedor de privilégios e do apartheid na Bahia”.
Mendes nasceu em Salvador e começou sua militância ainda durante o ensino médio, quando coordenou o Centro Acadêmico do hoje Instituto Federal da Bahia. Geólogo formado pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), com especialização em meio ambiente, pós-graduado em gestão pública municipal e governamental e mestre em geologia ambiental. É professor substituto da UFBA, no Instituto de Geociências.
O candidato é presidente estadual do PSOL, faz parte do conselho de ética do partido e é coordenador do Campo Étnico e Popular, grupo que milita nos movimentos sociais.
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Nome: Sandro S. Bárbara Idade: 39
Número: 21
Partido: PCB - Partido Comunista Brasileiro
O PCB terá, pela primeira vez em sua história, um candidato ao governo da Bahia: o professor e cientista político Sandro Santa Bárbara.
Essa é a primeira vez que Santa Bárbara concorre a uma eleição. Segundo o plano de governo do partido, a principal proposta que o candidato tem a oferecer é uma “alternativa popular”.
Seu vice na chapa é o presidente do Sindicato Rural da cidade de Tapiramutá, Daniel Neto.
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Nome: Jaques Wagner
Idade: 59
Número: 13
Partido: PT - Partido dos Trabalhadores
Na primeira eleição ao governo da Bahia em trinta anos sem a presença do senador Antonio Carlos Magalhães, o atual governador Jaques Wagner, 59 anos, terá que dividir o apoio da presidenciável Dilma Rousseff (PT) com o deputado Geddel Vieira Lima (PMDB).
Durante meses, Wagner tentou se consolidar como candidato único do presidente Lula no Estado, mas o acordo com o peemedebista não foi possível. Com isso, Dilma participou da convenção dos dois adversários. A expectativa é que, graças ao palanque duplo, constrangimentos sejam criados durante a campanha.
Ex-ministro, Wagner tenta a reeleição em outubro. Em 2006, foi eleito governador já no primeiro turno, em partes devido a grande popularidade de Lula no Estado. A vitória foi apontada como fim da era do carlismo _período em que a Bahia sofreu grande influência da família Magalhães.
Jaques Wagner nasceu no Rio de Janeiro e inicia a sua atividade política a partir de 1968 no movimento estudantil, quando dirige o diretório acadêmico na Faculdade de engenharia da PUC (Pontifícia Universidade Católica). Em 1973 passou a ser perseguido pela ditadura militar e teve que abandonar o curso de engenharia, que nunca concluiu. No mesmo ano muda-se para Salvador e começa a atuar no Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Petroquímica. Em 1980 filia-se ao PT, partido a qual ajudou a fundar no Estado junto com a CUT (Central Única dos Trabalhadores).
Foi deputado federal durante três mandatos. Em 2002 concorre pela primeira vez ao governo da Bahia, mas é derrotado pelo ex-governador Paulo Souto, que teve o apoio de Antonio Carlos Magalhães. Souto volta a disputar o governo nessas eleições.
Em 2003, Jaques Wagner é nomeado ministro do Trabalho do primeiro mandato do presidente Lula. Em 2005, logo após o escândalo conhecido como “mensalão”, assume o cargo de ministro de Relações Institucionais.
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