O senador César Borges nunca teve boa relação com o presidente regional do DEM, Paulo Souto, ambos integrantes do extinto PFL Ele deixou as hostes democratas em busca de mais espaço político. É daqueles homens públicos que gostam de afagos, de atenção, de se sentirem importantes no cenário. E o que dizem nos bastidores é que o senador está recebendo mais "carinho" do ministro Geddel Vieira Lima, até pelo estilo político mais reservado de Paulo Souto. No DEM, Borges, que foi fiel aliado do falecido Antonio Carlos Magalhães, dialoga melhor com o senador ACM Jr. e o deputado ACM Neto. "Não renego minhas origens, meu passado", costuma dizer.
Mas os carlistas estão desconfiados que o senador poderá abrir mão da fidelidade ao antigo chefe para apoiar Geddel, o que, no momento, seria mais natural, já que o ministro estará com Dilma Rousseff em 2010. Nesse caso, a estratégia do DEM é lançar ACM Jr. à reeleição, o que poderia acabar de vez com as pretensões de César Borges. "Seria a morte política do senador", disse ao Jornal da Metrópole uma importante liderança do DEM.
