A reposta que você dá a essa pergunta influencia o seu processo de envelhecimento. Quem afirma isso são os cientistas americanos da Universidade de Purdue no Journal of Gerontology: Social Sciences.
É claro que a idade cronológica conta, mas a interpretação que se faz dela ajuda. Sentir-se mais velho do que você realmente é faz com que você vivencie sensações ligadas à velhice. Portanto, é como se manter-se jovem de espírito fizesse com que seu corpo “seguisse” esse estado mantendo a juventude por mais tempo. Mas, na verdade, não se sabe o que vem antes: se sentir-se jovem conserva ou se é a conservação que causa a impressão de juventude. Isso vai ficar para outro estudo.
Markus Schafer, coordenador da pesquisa – que examinou 500 pessoas com idades entre 55 e 74 anos durante uma década -, diz que pessoas com esse espírito jovial “têm vantagens para conservar várias das habilidades que se valoriza”. A maioria das que, no começo do estudo tinham, subjetivamente, 12 anos a menos, demonstraram mais segurança sobre as suas capacidades cognitivas ao final do estudo do que aquelas que declararam se sentir com idade igual ou superior à cronológica.
Schafer reconhece, no entanto, que há na nossa sociedade uma pressão para que as pessoas se mantenham jovens a todo custo e a conclusão do estudo pode levar a uma obsessão por estar sempre a par das tendências e a um medo do envelhecimento – que certamente virá, é bom lembrar. Assim, quando a pessoa, de fato, envelhecer pode perder a confiança, a auto-estima etc.
