Um blogueiro da cidade escreveu sobre o que alguns insistem em chamar de “faxinaço” no atual governo. Diz a certa altura: “Esse blog já teve oportunidade de comentar o acerto da iniciativa e da torcida do jequieense para que a medida sirva de profilaxia no combate à ameaça de novo surto de dengue”. E em seguida, em tom quase sarcástico, comenta: “Como é a vida...! Algum tempo atrás, precisávamos (assim mesmo, no plural) desenvolver ações eficazes em benefício da população e, entre outros projetos, implantamos (de novo no pl.) o faxinaço, que, diga-se de passagem, foi um sucesso”, etc.etc. Falava do chamado “faxinaço” do final do governo anterior. E se referiu a um artigo que escrevi à época para a Revista Extra, no qual dizia eu que entendia um faxinaço no começo de um governo, para evidenciar as mazelas deixadas pelo antecessor. Ou após uma catástrofe natural do tipo terremoto, tsunami ou coisa semelhante, se no meio ou no fim do governo. E pergunta o perspicaz blogueiro: “Será que ele ainda pensa assim? Ou será que ao ter ficado “orgânico” agora o faxinaço se transformou numa iniciativa benéfica?”
Esse, digamos, “faxinaço” de hoje veio nos primeiros nove meses do governo e não pode ser confundido com o faxinaço anterior, feito no último ano daquele governo. E veio com um objetivo determinado, como o blog mesmo registrou: combater o mosquito da dengue, uma epidemia que o governo de hoje herdou ao assumir. É muito diferente.
E mais, para surpresa de alguns “hábeis” manipuladores de incautos, tão comuns (tanto os manipuladores como os incautos) continuo pensando do mesmo jeito. Não tenho o hábito de mudar de lado ou de opinião à proporção que mudam os governantes. Não construí minha vida dessa maneira.
Dermiaval Rios
