20100506

Acesso a informação é um direito e não um favor


Sistema da ONU destaca importância do Dia Mundial de Liberdade de Imprensa, celebrado na segunda-feira; director-geral da Unesco lembrou as 77 mortes de jornalistas ocorridas em 2009.

Repórter em área de conflito
Daniela Traldi, da Rádio ONU em Nova Iorque.*

A directora-geral da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, Unesco, Irina Bokova, pediu esta segunda-feira um minuto de silêncio em todo o mundo para lembrar os jornalistas que morreram no exercício da sua profissão.

Em mensagem pelo Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, celebrado neste 3 de Maio, Bokova citou os 77 assassinatos de jornalistas no ano passado, a maioria repórteres que cobriam histórias locais.

Obstáculos

O relator especial da ONU para a Promoção e Protecção do Direito à Liberdade de Opinião e Expressão, Frank La Rue, disse que o acesso a informação deve ser visto como um direito e não um favor.

O responsável pelo escritório das Américas da ONG, Repórteres Sem Fronteiras, Benoît Hervieu, disse à Rádio ONU, de Paris, que a impunidade que gozam os perpetradores de crimes contra jornalistas permanece um dos principais obstáculos à liberdade de imprensa no mundo.

"Sabemos que muitos jornalistas em muitas zonas do mundo confrontam-se com o que chamados de predadores que podem ser chefes de governo e de Estado, autoridades policiais e judiciais e sobretudo agora redes de crime organizado e grupos armados e grupos radicais religiosos" afirmou.

Fundamental

Para a directora-geral da Unesco, Irina Bokova, o Dia Mundial de Liberdade de Imprensa é fundamental para que todos saibam a importância do direito à informação, um princípio que organizações e governos tem obrigação de compartilhar e disponibilizar a qualquer pessoa.

Ela disse que, cada vez que abrimos um jornal, escutamos o noticiário na televisão e no rádio ou vamos à internet, a qualidade daquilo que vemos ou ouvimos depende do acesso que os meios de comunicação tem à informação exacta e actualizada.

*Apresentação: Carlos Araújo, da Rádio ONU, em Nova Iorque.

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