Pode parecer futurista, mas já não é mais, o enorme PC de mesa agora cabe na palma da mão e permite navegar na internet, compartilhar fotos, trocar mensagens por chat, jogar e carregar essa máquina para qualquer lugar. Podemos até dormir com ela sem correr o risco de acabarmos eletrocutados ou emaranhados entre os cabos.Em 2000, Bill Gates pessoalmente, em nome da Microsoft, apresentou o primeiro tablet, que foi lançado no ano seguinte com o nome de HP Compaq Tablet PC. Nesse momento, o dispositivo funcionava com uma versão especial do sistema operacional Windows XP, permitindo utilizar as funções táteis da tela por meio de um lápis, o que era revolucionário para a época.A pergunta do milhão, naquele dia, era se o lançamento seria incorporado rapidamente pelos usuários ou se tornaria outro gadget. A história demonstrou que faltavam nove anos para o público amadurecer e entrar para a era dos tablets. O que só aconteceu quando o iPad bateu recordes de vendas dando o sinal de largada para muitas companhias que, então, começaram a fabricar seus dispositivos móveis nesse formato.Mas por que a largada foi dada nessa ocasião e não nove anos atrás? Uma das respostas poderia ser que, graças à introdução dos telefones celulares com tela sensível ao toque, os consumidores entenderam melhor o funcionamento de um tablet. O Wi-Fi e o crescimento da internet e das redes sociais também ajudaram a fazer germinar a semente plantada anteriormente, mas que sofria com a falta de fertilizantes naturais como as baterias de maior duração, a portabilidade e a mais importante de todas: a necessidade de estar conectado.Com os tablets de hoje é possível ter uma visão ampliada da riqueza oferecida pela internet, a partir de qualquer ambiente com conexão 3G (banda larga móvel) ou Wi-Fi.A diferença entre os tablets e os netbooks é que os primeiros são mais leves, mais fáceis de transportar, não esquentam e oferecem a mesma experiência na Web que seus parentes com teclado. Os tablets, ainda, consomem menos energia e, com isso, seu maior tempo de uso sem necessidade de alimentação garante mais benefícios e é mais ecológico do que o uso de um netbook.Outro aspecto importante é a comodidade. Estando na cama ou no sofá, por exemplo, um tablet se parece a um livro, pois não é necessário apoiá-lo nas pernas ou no joelho. Como é muito mais leve, podemos segurar o dispositivo sem esforço com uma mão, enquanto com a outra deslizamos os dedos no touchscreen e giramos o aparelho vertical ou horizontalmente, dependendo do uso que queremos dar a ele em cada momento. A diferença é que aqui não tem teclado!O que se pode fazer no tablet? A maioria das coisas que demandam internet. Enviar e receber correios eletrônicos; usar as redes sociais como Twitter, Facebook, LinkedIn ou MySpace; trocar mensagens por chat (os tablets de hoje disponibilizam um teclado virtual na tela); tirar fotos; gravar vídeo; jogar videogames; reproduzir música; trabalhar em documentos; ler livros e quadrinhos; ver filmes e transportar informações na sua unidade de armazenamento (que varia de acordo com o modelo do aparelho).A limitação dos tablets até o momento é a impossibilidade de rodar ferramentas "pesadas", como programas de criação de imagens ou softwares de alto rendimento que requerem instalação completa por meio de um DVD (os tablets não possuem unidade ótica).O próximo desafio, depois do boom, é competir com os telefones celulares - cada vez mais avançados - ou se integrar a eles, como a RIM - Research In Motion fez ao projetar o BlackBerry PlayBook, de forma que permitisse a integração entre o telefone BlackBerry e a PlayBook, formando uma combinação de caráter inusitado.
Fonte: Msntecnologia
