Encontra-se em andamento, em Jequié, a construção do canteiro de obras do consórcio de empresas responsável pelo trecho 2 da FIOL (Ferrovia da Integração Oeste Leste), que compreende os municípios de Aiquara, Itagi, Jequié e Manoel Vitorino. O canteiro, que vem sendo instalado no KM 3, perímetro urbano da cidade, é um dos principais da Ferrovia que ligará Barreiras a cidade de Ilhéus, numa extensão de 1.527 quilômetros. Somente no traçado de Jequié, a obra está estimada em mais de R$ 650 milhões.
A FIOL é uma obra de grande importância econômica e social. Com a ferrovia, de imediato, Jequié começa a gerar empregos e criar oportunidades para empresas de vários segmentos. O aquecimento da economia local vem sendo observada já nessa fase de implantação dos canteiros de obras, com vários segmentos beneficiados como construção civil, alimentação, rede hoteleira, entre outros. E no futuro, a cidade terá um Pólo de Carregamento. Com a ferrovia Jequié ganhará uma nova dinâmica, com reflexos positivos em toda a região, uma vez que atrairá novos empreendimentos.
Para o prefeito de Jequié, Luiz Amaral, a ferrovia será um divisor de águas. “Jequié vive um momento especial com a realização de grandes e importantes obras. A ferrovia é um marco formidável”, comentou. Ele cita ainda outras obras que tem contribuindo e que contribuirá muito para a melhoria das condições de vida da população, a exemplo do IFBA (Instituto Federal da Bahia), que prepara jovens e adultos para o mercado de trabalho. Outro investimento que merece destaque é a construção de mais de 4 mil novas moradias em vários pontos da cidade, oferecendo emprego, aquecendo a economia e dando moradia digna à população de baixo poder aquisitivo. Somente com o programa de habitação serão investidos recursos da ordem de R$ 200 milhões até 2013.
Luiz Amaral lembrou ainda das obras estruturantes como a drenagem e o calçamento do bairro da Pedreira e de outras áreas da cidade, que juntas representam investimentos públicos de aproximadamente R$ 900 milhões. Afora isso, tem o trabalho da iniciativa privada, que aposta cada vez mais na potencialidade econômica de Jequié. Seguramente, nunca se investiu tanto em Jequié como agora.
A HISTÓRIA DA FIOLNo dia 2 de fevereiro de 2010, o coordenador do projeto da Ferrovia de Integração Oeste-Leste, engenheiro Marcelo Cabral de Mello, e outros dois engenheiros da VALEC – Engenharia, Construções e Ferrovia S.A -, empresa vinculada ao Ministério dos Transportes, estiveram na Prefeitura de Jequié, onde apresentaram o projeto com o novo traçado da ferrovia ao prefeito Luiz Amaral e a outras autoridades. Aqui, também esteve o então ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, que abordou, entre outros assuntos, a inclusão de Jequié no traçado da estrada de ferro. Ele esteve acompanhado do então senador César Borges.
JEQUIÉ NOS TRILHOS DO DESENVOLVIMENTOO primeiro trecho da Ferrovia da Integração Oeste-Leste tem 537 quilômetros vai ligar Ilhéus a Caetité, passando por Jequié. O início das obras está previsto para este ano de 2011. O investimento está calculado em R$ 2,4 bilhões.
Com um total de 1.527 quilômetros, a obra será dividida em 11 lotes, oito somente na Bahia. O trecho da estrada de ferro no Estado cortará 32 municípios. Os trilhos da integração, desenvolvido pela Valec Engenharia (empresa do Ministério dos Transportes especializada na construção de ferrovias), são uma obra prioritária do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que envolverá investimentos estimados em R$ 7,3 bilhões.
A construção da FIOL será executada por 25 empresas, sendo que o trecho baiano começa com os primeiros quatro lotes. O lote número 1 parte de Ilhéus, onde será sediado o Terminal de Descarga Geral com capacidade estimada em até 68 milhões de toneladas ao ano. O traçado tem 125 quilômetros e vai até o município de Itagibá. A obra custará R$ 574,4 milhões e será construída pelo consórcio SPA/Delta/Convap.
O lote 2 segue até a cidade de Jequié e terá 118 quilômetros de extensão. No município, está prevista a instalação de um Polo Industrial. O custo desse trecho foi orçado em R$ 650,4 milhões pelo consórcio Galvão/OAS.
Com 115,36 quilômetros, o lote três se estenderá do Riacho do Jacaré até o Rio de Contas, no município de Tanhaçú. A construção estará a cargo da Torc/Ivai/Cavan, custando em torno de R$ 403,2 milhões.
Já o lote quatro, que vai até o Riacho da Barroca, no município de Caetité, possui 178,28 quilômetros. Por lá, também está prevista a instalação de um polo industrial, voltado para indústria de mineração. A região abriga uma grande jazida de ferro, com capacidade de produção estimada em cerca de 25 milhões de toneladas/ano.
Com quase 537 quilômetros de linha férrea, o trecho Ilhéus/Caetité demandará um investimento de cerca de R$ 2,4 bilhões. A conclusão desse primeiro trecho está prevista para dezembro de 2012.
De acordo com a Valec, com a construção da Fiol na Bahia, estão previstas vantagens como a redução de custos do transporte de insumos e produtos diversos, o aumento da competitividade dos produtos do agronegócio e a possibilidade de implantação de novos polos agroindustriais e de exploração de minérios.
A estimativa é que o volume de cargas a ser transportado chegue a aproximadamente 70 milhões de toneladas anuais, dos quais 50 milhões correspondem a minérios.
Fonte: Assessoria de Imprensa da PMJ e Ascom/BA.Siga-nos no Twitter:
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