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Franceses estão determinados a achar o Ponto G


Eis que o Ponto G, sepultado no início do ano por cientistas britânicos, ainda respira. Do outro lado do Canal da Mancha, uma equipe de ginecologistas franceses se empenha para provar que a zona erógena feminina vai muito além de uma "ideia subjetiva", como havia sugerido a pesquisa do King's College.

Organizadora de um encontro de ginecologistas em Paris, realizado na semana passada, Sylvain Mimoun apresentou uma pesquisa revelando que 60% das mulheres afirmam ter o Ponto G – embora 90% não saibam encontrá-lo. Os médicos franceses ainda sugerem que a interação com a área tão procurada pode torná-la mais "funcional". E não resistiram a fazer galhofa dos colegas britânicos, que procuraram o ponto mítico em 1.800 gêmeas idênticas.

– O estudo do King's College mostra uma desrespeito com o que dizem as mulheres – zombou o cirurgião francês Pierre Foldes. – As conclusões foram completamente errôneas por terem se baseado somente em observações genéticas. É claro que há variações na sexualidade feminina. Ela não pode ser reduzida a respostas como sim ou não, ligado ou desligado.

O ginecologista Odile Buisson emendou:

– Não quero estigmatizar, mas acho que os protestantes, liberais e anglo-saxões são muito pragmáticos. Para eles, tudo precisa ter uma causa, um gene. É totalitário demais.