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Os culpados pela morte do astro-pop são os próprios médicos pessoais, diz ex-agente de Michael Jackson


Segundo a Agencia PARIS, França (AFP) - Takek Ben Amar, amigo e ex-agente de Michael Jackson (foto), chamou os médicos do artista de criminosos e charlatães pois, segundo ele, esses médicos se aproveitaram de uma pessoa hipocondríaca que tomava muito medicamentos.

"Está claro que os criminosos neste caso são os médicos que o atenderam ao longo de sua carreira, que destruíram seu rosto, que deram remédios para acalmar as dores", denunciou Tarek Ben Amar à rádio francesa Europe 1.

"Ele não conseguia dormir, por isso tomava soníferos. Era hipocondríaco e nunca soube de verdade se estava doente porque vivia rodeado de médicos charlatães que viviam dessa doença, que cobravam milhares e milhares de dólares em remédios, em vitaminas", acrescentou o produtor.

De acordo com Ben Amar, Michael morreu por causa de uma crise cardíaca porque tomava remédios demais, embora nunca o tenha visto usando drogas.

"Ele se alimentava mal, não tinha uma vida saudável, não podia fazer esportes. Tudo isso em qualquer outro ser humano teria tido as mesmas consequências".

Um advogado da família Jackson informou na véspera que o cantor tomava medicamentos sob prescrição médica para entrar em forma visando realizar uma série de concertos no próximo mês, em Londres, que marcaria sua volta aos palcos.

Jackson, que teve vários episódios com drogas de prescrição médica ao longo de sua carreira, tomava remédios devido as lesões que sofria durante os ensaios para seu grande regresso artístico, disse o advogado e porta-voz da família Brian Oxman.

Segundo Oxman, o uso destes medicamentos preocupava a família, já que vários membros do staff de Jackson tinham autorização para obter estas drogas.

O advogado comparou a situação ao caso da ex-modelo da Playboy Anna-Nicole Smith, que morreu de overdose de medicamentos.

"Isto não foi algo inesperado (...) diante dos medicamentos que ele tomava", disse Oxman no hospital, ao lado de familiares de Jackson. "O pessoal em torno dele facilitava isto".

"Não sei exatamente os remédios que ele tomava, mas as informações de que dispomos indicam uma ampla gama" de medicamentos, destacou Oxman.

Michael Levine, porta-voz de Jackson, também disse à AFP que "não ficou surpreso" com a morte do cantor.

"Juro que não fiquei surpreso com a trágica notícia de hoje. Michael seguia um caminho incrivelmente difícil e, com frequência, autodestrutivo, e isto ocorria há vários anos".

"Seu talento era indiscutível, mas também era indiscutível seu inconformismo com as regras deste mundo. Um ser humano não consegue suportar tal nível de estresse", disse Levine.

Jackson, 50 anos, morreu nesta quinta-feira de parada cardíaca em sua mansão de Bel-Air, em Los Angeles.